Durante o desenvolvimento infantil, cada novo aprendizado marca uma conquista a ser celebrada, para crianças no espectro, esses avanços têm um significado ainda maior e quando falamos disso, as terapias desempenham um papel fundamental, podendo fazer toda a diferença na aprendizagem ou melhora de habilidades. Com isso em mente, exploraremos hoje as principais terapias para crianças autistas e como cada uma delas contribui para um desenvolvimento mais completo. Acompanhe:
A importância das terapias para crianças autistas
Antes de falarmos sobre cada uma das terapias recomendadas para crianças autistas, é importante reforçarmos a nossa atenção e procurarmos o quanto antes por um diagnóstico quando houverem dúvidas.
Com ele em mãos, é possível fazer intervenções na fase em que a criança possui uma maior plasticidade neural, tornando tudo o que os profissionais fizerem, mais efetivo, diminuindo assim os prejuízos na vida adulta do autista.
O diagnóstico precoce junto às terapias, quando feitas de maneira adequada, melhoram significativamente a comunicação e também as habilidades sociais das crianças que estão no espectro.
Além de tudo, é importante relembrar que o TEA é uma condição que afeta o neurodesenvolvimento, não é uma doença e por isso, não possui cura e sim tratamentos auxiliares.
Conheça agora 5 tipos de terapias para crianças autistas
1 – Intervenção com terapeuta ocupacional
Os profissionais Terapeutas Ocupacionais (TO), atuam na promoção da melhora motora, física e sensorial daqueles que as necessitam.
Esses terapeutas utilizam métodos que estimulam o aprimoramento de habilidades, muitas vezes comprometidas no autismo (a depender do grau de suporte).
Desse modo, é de extrema importância que a terapia seja realizada desde cedo, sempre respeitando as necessidades de cada um, oferecendo estímulos adequados para uma adaptabilidade cada vez melhor do autista à sua vida diária, promovendo assim, autonomia.
2 – Intervenção com fonoaudiólogo
Uma das principais intervenções quando se fala em diagnóstico de autismo, é a realizada pelos profissionais de fonoaudiologia.
Entre as questões comuns entre autistas destaca-se a dificuldade na comunicação. Por meio de exercícios e terapias específicas esses profissionais atuam no desenvolvimento das aptidões para comunicação oral além de escrita, voz e também audição. Sempre de acordo com as necessidades de cada indivíduo.
Lembrando que nem todo autista terá atraso de fala e aparente dificuldade nas interações, isso irá variar de um para outro.
3 – Acompanhamento pedagógico
Em teoria, conforme a lei 12.764/12 (conhecida como Lei Berenice Piana), todo aluno autista tem direito à educação, além de um acompanhante pedagógico especializado o qual é fornecido pela própria escola.
Esse acompanhamento é de suma importância e garante de maneira mais eficiente que cada autista em período escolar tenha suas demandas respeitadas, visto que não existe um único padrão que sirva para todos os autistas, tornando fundamental que cada um receba a atenção e suporte que precisa. Além do mais, esse acompanhamento serve ainda para analisar o desempenho de cada aluno, permitindo um melhor direcionamento de estratégias para o seu desenvolvimento.
4 – Terapia comportamental (ABA)
As terapias que se baseiam nos princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), têm um maior índice de indicação por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), não apenas para autistas, mas também para quaisquer indivíduos que possuam transtornos que afetem um desenvolvimento típico.
O termo ABA vem da abreviação da sigla em inglês para Applied Behavior Analysis e as estratégias implementadas baseiam-se na Análise do Comportamento, com o intuito de entender quais são os que beneficiam ou prejudicam o indivíduo, como e por qual motivo esses comportamentos ocorrem e quais são as influências ambientais que se relacionam aos comportamentos.
Ao obter essas respostas o profissional irá propor e aplicar práticas e condutas que favoreçam a aprendizagem de novas habilidades para seu paciente.
5 – Fisioterapia e prática de esportes
A coordenação motora fina (relacionada a atividades que exigem muita precisão, envolvendo músculos menores) e a grossa (que envolve principalmente grandes grupos musculares), são fundamentais para que a criança se locomova, consiga brincar, escrever, manusear objetos, vestir-se e cuidar da sua própria higiene.
Com isso, torna-se indispensável a participação de profissionais da fisioterapia e educação física quando existirem limitações referentes à essas práticas.
É importante ainda que os profissionais escolhidos para auxiliar essa criança, tenham capacitação adequada e conhecimento sobre pessoas que estão no espectro, a fim de promoverem corretamente as estratégias de aprimoramento.
Outras terapias para crianças autistas
Existem outras terapias que podem auxiliar também na melhora de habilidades do autista, entre elas, podemos citar:
Equoterapia: terapia com cavalos;
Musicoterapia: técnica que se utiliza da arte e visa estimular seu aprendizado além de melhora da comunicação e expressão da criança.
Em conclusão
Quando aplicadas em conjunto, algumas ou todas essas terapias, conforme recomendação, atuarão para melhora da qualidade de vida, aprendizagem e progresso das crianças, possibilitando um futuro com inúmeras possibilidades.
É fundamental que essas terapias não sejam ignoradas, pois cada conquista na infância poderá fazer grande diferença por toda uma vida.
Se você já teve a oportunidade de conhecer e acompanhar uma dessas metodologias e práticas, compartilhe conosco como foi sua experiência.
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Fonte:
Parent guide: therapies for autistic children. Raising Children, 2022.
Genial care.
A Importância de um diagnóstico precoce do autismo para um tratamento mais eficaz: uma revisão da literatura. Revista Atenas Higeia, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 1 – 7, 2020. Disponível em: http://atenas.edu.br/revista/index.php/higeia/article/view/19. Acesso em: 7 jul. 2022.