Ainda existe muita dúvida relacionada ao autismo e a síndrome de Asperger, transtornos ligados ao desenvolvimento e suas diferenças, que envolvem principalmente os níveis de dificuldades de interação.

 Acompanhe o texto que preparamos hoje para entender mais sobre o assunto: 

Uma das principais características do autismo é o prejuízo em habilidades sociais como a de comunicação e também aprendizagem. 

A síndrome de Asperger é um termo antigo para classificar pacientes no nível 1 do Transtorno do Espectro Autista, portanto, ligado ao neurodesenvolvimento e que afeta a interação social. 

É frequente a recorrência entre familiares, isso significa que tem ligação genética e diferentes pessoas em uma mesma família podem ter. 

Sinais que auxiliam no diagnóstico do autismo

O autista geralmente apresenta sinais mais significativos a partir do segundo ano de idade, apesar de muitas vezes os pais e outros familiares só notarem que há algo diferente quando as crianças já estão maiores, ou ainda na fase da adolescência ou vida adulta. 

O contrário também pode acontecer, sinais serem observados antes dos dois anos, no entanto, essa opção tende a ser menos frequente. 

O diagnóstico é feito com base em alguns critérios, entre os principais estão: 

Prejuízos na comunicação; 

Dificuldade na interação social; 

Padrões repetitivos de comportamentos e de interesses, entre outros. 

É comum que uma criança autista tenha dificuldade de aprender a linguagem verbal e encontre maneiras não-verbais de comunicar aquilo que deseja. 

Pode ser observado também elementos repetitivos quando fala, não gosta de participar de brincadeiras que envolvam o faz-de-conta na maioria dos casos e tem certa dificuldade em se conectar com outras crianças, preferindo ficar e brincar sozinha. 

A Síndrome de Asperger

Apesar de esse termo não ser mais utilizado, pode-se entender a síndrome de Asperger (um estado do espectro autista) também pela apresentação de prejuízos na interação social.

A dificuldade no desenvolvimento da linguagem nesses casos é significativamente menor.

As pessoas que possuem, mesmo apresentando quadros de isolamento social, não costumam ser tão reclusas ou tímidas como autistas em outros níveis. 

Pode ser comum observar que tenham dificuldade em identificar e compreender sentimentos, seja em si próprio ou em outras pessoas, o que frequentemente gera uma ansiedade social. 

Podem também ter discursos longos e incansáveis independentemente do interesse demonstrado pela outra ou outras pessoas na conversa.

Seus cérebros funcionam de maneira mais literal e lógica, tornando menos viáveis interpretações e sutilidades. Esta mesma característica, no entanto, pode contribuir para um bom rendimento acadêmico, com notas acima da média.

Dicas de séries com o tema para ver sozinho, entre amigos ou com a família! 

Para que você tenha uma compreensão melhor da vivência e experiências das pessoas com essa neurodiversidade, trouxemos 2 dicas de séries que a retratam. 

1.Parenthood (2010-2015) 

Essa série apresenta os dramas dos Bravermans, uma família de quatro irmãos que tem que aprender a lidar com os seus filhos. Na trama, o personagem Max Braverman (Max Burkholder), filho do irmão mais velho (Adam) recebe um diagnóstico. 

Um dos diferenciais dessa produção é a forma como tratam a questão, com muita sensibilidade e empatia, mas principalmente sem medo de abordar as dúvidas de quem se depara com o diagnóstico.

2. The Big Bang Theory (2007-2019) 

Série de Big Bang Theory Banner com os Personagens

É uma série de televisão norte-americana de comédia que conta com cinco personagens principais, entre eles, o físico teórico Sheldon Cooper

Sheldon é fã de histórias em quadrinhos – hábito adquirido quando foi a primeira vez em um psicólogo.

Aos 9 anos, calculou a melhor forma de pousar o módulo de lançamento de foguetes para a NASA e além disso, o personagem possui ainda 1 Mestrado e dois Doutorados.

Entre os principais sinais de autismo que apresenta estão a dificuldade em entender sarcasmos, faz comentários considerados ofensivos sem essa intenção e ainda  possui rituais e comportamentos repetitivos. 

Já assistiu a essas séries? 

Conta para nós o que você achou nos comentários! 

Se ainda não viu, fica nossa recomendação! 

FONTES:

Cartilhas de Autismo, Associação Brasileira de Autismo

Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral, Revista Brasileira de Psicologia

Scielo site 

Guia do Estudante

Professora Fernanda Dreux – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)