Eloping Archives | Family on Board https://familyonboard.com.br/portfolio_tags/eloping/ Autismo pelo Mundo Fri, 19 Apr 2024 20:41:10 +0000 en-US hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.4 https://familyonboard.com.br/wp-content/uploads/2021/10/cropped-FAMILY-ON-BOARD-1-copy-32x32.png Eloping Archives | Family on Board https://familyonboard.com.br/portfolio_tags/eloping/ 32 32 O que é Eloping no autismo? https://familyonboard.com.br/portfolio-items/eloping-no-autismo-o-que-e/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=eloping-no-autismo-o-que-e https://familyonboard.com.br/portfolio-items/eloping-no-autismo-o-que-e/#respond Fri, 19 Apr 2024 15:15:46 +0000 https://familyonboard.com.br/?post_type=avada_portfolio&p=16261 Para quem está vivendo a fase inicial de contato com informações sobre o TEA, seja por ter recebido um diagnóstico próprio ou de um familiar, é comum deparar-se com muitos termos novos, entre eles está o eloping no autismo que implica, como sua tradução sugere, em fugir ou escapar.  Algumas pessoas no espectro podem sair

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Para quem está vivendo a fase inicial de contato com informações sobre o TEA, seja por ter recebido um diagnóstico próprio ou de um familiar, é comum deparar-se com muitos termos novos, entre eles está o eloping no autismo que implica, como sua tradução sugere, em fugir ou escapar. 

Algumas pessoas no espectro podem sair de lugares seguros onde estão, sem avisar ou ter permissão, o que pode gerar situações de estresse e risco. Tendo em vista a importância de conhecer mais sobre esse comportamento, separamos algumas informações sobre o assunto hoje. Acompanhe:

Você já pode ter se deparado com uma criança ou adulto autista vagueando pelas ruas ou mesmo parado em um local sozinho sem estar aparentemente aguardando alguém ou seguindo para um local específico. 

O chamado eloping, ocorre quando uma pessoa autista foge de um local conhecido por ele e, nesse processo, acaba se perdendo de seus familiares. 

Pode ocorrer ainda de autistas fugirem de seus cuidadores com o objetivo de serem perseguidos, outras motivações podem estar ligadas a evitar situações de estresse. 

Nem todo autista apresentará o comportamento 

Cada autista tem suas características particulares, ou seja, nem todos apresentarão o comportamento de fuga. 

Mesmo para os que o fazem, é importante saber de antemão que, nem sempre haverá uma explicação consistente para quando ou por que esse autista decide fugir de sua casa, casa de outros parentes, escola ou do local de um passeio que realiza.

Alguns exemplos de comportamento de eloping para ficar atento! 

  • Fugir do perímetro do quintal de casa enquanto os pais se distraem com os outros irmãos; 
  • Sair correndo pela porta da casa que estiver aberta (mesmo que esteja encostada ou aparentemente fechada) quando um dos pais ou ambos estão em tarefas fora de vista por um tempo considerável, como quando vão ao banheiro; 
  • Sair correndo de repente no sentido da estrada durante um passeio acompanhado dos pais ou outros familiares; 
  • Tentar ou sair pela janela do quarto durante a noite, enquanto todos os outros membros da família estão dormindo; 
  • Afastar-se dos pais em lojas movimentadas;
  • Sair da sala de aula enquanto o professor está ocupado escrevendo no quadro de costas ou auxiliando um colega sentado em um lugar mais afastado; 
  • Tentar sair de um veículo durante um passeio longo ou viagem;
  • Sair da escola sem permissão com o objetivo de retornar para casa.

Causas do eloping

Uma das principais razões pela qual um autista pode decidir escapar é por algo ter desencadeado a sua resposta de fuga – a reação padrão do corpo ao se sentir em perigo – fazendo-o ter a sensação de que a única solução ou forma de se proteger é fugindo. 

O instinto de sobrevivência está presente em todas as pessoas, sendo autistas ou não, no entanto, muitos autistas têm uma sensação aumentada de alguns sentidos, o que nesse caso, significa que não necessariamente precisam se encontrar em uma situação de alto risco ou verdadeiro perigo para agirem dessa forma, protegendo-se. 

O instinto de escapar pode ser estimulado por coisas bastante simples à primeira vista, principal para quem não está no espectro,  como por exemplo, a fuga devido à presença de um inseto voador e a sensação do autista de que ele pode ser atingido ou picado. 

Outra razão pela qual o autista pode fugir, é o desejo e curiosidade em explorar o entorno, seja da casa, vizinhança, parque ou até mesmo seu bairro. 

Lembrando também que é comum que alguns autistas tenham pouca ou nenhuma noção de perigo. Irá variar de um para outro.  

Uma outra motivação pode ser a sensibilidade sensorial e incômodo em estar em um ambiente específico. 

A fim de evitar um espaço movimentado e barulhento, o autista pode sair em busca de outro, de seu conhecimento e que lhe transmita maior alegria, satisfação e bem-estar, como o próprio lar, uma padaria da rotina do autista que tem um atendente querido, a casa de um amigo com um cachorro de estimação carinhoso ou com um pátio repleto de brinquedos, uma casa da árvore e assim por diante. 

autistas podem fugir para lugares que lhe tragam maior prazer e bem-estar. na foto, garoto pula em cama elástica. Foto/Reprodução: Freepik.

Outras causas incluem:

  • Distração com algo que chamou atenção do autista que possua uma fragrância gostosa, ou que estimule curiosidade ao toque;  
  • Vontade de ir para um de seus lugares lugar favoritos, principalmente após negativa dos responsáveis e/ou cuidadores; 
  • Dificuldades de comunicação (no caso de autistas não verbais o não entendimento do desejo do autista pode motivá-lo a ir buscar por conta própria o que quer fazer); 
  • Comportamento impulsivo; 
  • A não percepção do nível de preocupação que pode gerar em outras pessoas ao fugir;
  • Falta de compreensão de níveis de perigo como seguir ou atravessar por vias de tráfego intenso. 

Estratégias de intervenção para o eloping no autismo 

Existem algumas práticas que podem ajudar você, familiar, amigo ou cuidador de autista a evitar o eloping, algumas delas são: 

  • Trabalhe nas habilidades de comunicação para que ambos se entendam de forma facilitada quando o autista desejar sair de um lugar movimentado ou barulhento ao estar cansado, pode ser um único sinal específico que combinaram entre vocês; 
  • Praticar ‘exercícios de parada’ para que seu filho aprenda a seguir a ordem imediata de parar de correr quando ouvir o comando em voz alta “pare”;
  • Se possível, dê aulas de segurança no trânsito para o  autista ou o leve a um centro educacional voltado ao assunto para que seja estimulada a conscientização a respeito dos perigos do trânsito e como se manter seguro. Nesse caso, indicamos ainda treinar se possível, no próprio ambiente de vias em períodos de menor movimento; 
  • Tente ensinar regras claras e bastante diretas sobre a proibição de sair de casa  sem acompanhamento e da sala de aula sem permissão durante o período das aulas. 

Na prática: quando ocorre o eloping, o que fazer? 

É importante ter um plano de ação pré-estabelecido para que você e qualquer outro adulto responsável pelo autista, seja cuidador, avós ou professores, saibam como agir em uma fuga.

Se  o autista fugiu mas ainda é possível enxergá-lo de onde você está: 

  • Siga-o mantendo  distância. Dependendo da situação e do propósito do comportamento, se for apenas para gerar uma reação no cuidador, o mais indicado é manter a calma, dando-lhe espaço para não demonstrar grande incômodo, mas sempre vigiando para garantir que esteja seguro até que você possa se aproximar sem gerar estresse e então trazer o autista de volta. 

        No entanto, se o autista estiver em visível perigo durante seu escape, deve-se correr em seu encontro o mais rápido possível;

  • Tente não gritar demais ou mesmo dar muitas instruções seguidas e/ou ao mesmo tempo, pois essas ações poderão gerar pânico e fazer com que a pessoa em fuga corra e vá para ainda mais longe;
  • Utilize o comando “parar” se tiverem treinado isso anteriormente;
  • Va alertando os vizinhos sobre a fuga através do celular ou interfone se um dos cuidadores ficou em casa; 
  • Se a escapada ocorrer em ambiente escolar, o ideal é solicitar ajuda de outros funcionários que possam auxiliar. 

Se já está fora de vista: 

  • Chame a polícia imediatamente, principalmente se não é uma vizinhança conhecida do autista ou se ele não costuma fugir frequentemente;
  • No caso de eloping em horário escolar, não ignore os amigos de classe, pergunte-os se sabem para onde acreditam que o colega poderia ou gostaria de ter ido. Por mais que você conheça seu filho, por exemplo, outras crianças ou adolescentes saberão melhor sobre a rotina dele e o que gosta dentro desse ambiente do qual você não faz parte;
  • Pense onde ele poderia ir e, na sequência, se tiver tempo que o autista não é visto ou ouvido, prefira o carro para uma busca mais ágil;
  • Se tiver amigos e familiares que residam próximo e possam ajudar na busca, distribua as pessoas e seus veículos para locais distintos de possível finalidade da fuga.

Importante!

Se você tem um amigo, vizinho ou familiar fora da sua residência que seja autista, lembre-se também de que pode oferecer previamente sua ajuda para auxiliar em casos em que exista a necessidade de buscas devido às fugas. 

Para os cuidadores, pode ser de enorme ajuda ter esses contatos de emergência que sabem que podem contatar sempre que for necessário, sem investir tempo pensando em para quem ligar. 

Agora nos conte: você já tinha ouvido ou lido sobre o eloping no autismo? 

Compartilhe sua resposta e experiências conosco! 

Fontes:

adpec.org.br

autismbc.ca/

curriculumforautism.com

Veja também! Comorbidades do autismo: conheça a Esofagite Eosinofílica 

E mais: 5 animações para compreender a diversidade no espectro autista

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